<br>Sentida homenagem
Cerca de três dezenas de camaradas e amigos, entre eles, vítimas das prisões fascistas de Salazar, em Caxias e Peniche, Avelar Ribeiro, Francisco Barata e António Tereso, participaram, de 10 a 17 de Outubro, numa visita a Cabo Verde.
«Estamos aqui para prestar homenagem aos homens que aqui morreram, que aqui estiveram desterrados. Costuma dizer o meu camarada Sérgio Vilarigues, que não os devemos chamar de tarrafalistas, mas sim de vítimas do Tarrafal. Ele tem razão. Tarrafalistas parece que são homens que pertencem a uma associação ou clube ou a um só partido. Mas não. Aqui estiveram homens de origens diferentes, mas que tinham um ideal comum: a dignidade de Portugal e do povo português», afirmou António Tereso, numa simples mas sentida e comovida homenagem, após uma visita ao Campo de Concentração do Tarrafal.
«Tarrafal foi Campo de Trabalho de Chambom, numa espécie de cemitério onde homens, amantes da liberdade e da justiça, aqui deixaram a vida, enviados para cá pelo ditador fascista Salazar. Para nós portugueses, o Campo de Concentração será sempre conhecido como o Campo da Morte Lenta, onde patriotas portugueses, lutadores e resistentes antifascistas aqui perderam a vida», continuou António Tereso, recordando Alberto Araújo e Bento Gonçalves, este, operário do Arsenal do Alfeite e secretário-geral do PCP, «o homem mais puro, como disse um dia o poeta Pablo Neruda».
Mais tarde, continuou, «também nacionalistas das ex-colónias portuguesas por aqui passaram, em luta pela independência dos seus países, bem como intelectuais como Luandino Vieira e António Jacisto, grandes democratas e defensor da liberdade dos povos».
No final da sua intervenção, António Tereso sublinhou que a melhor homenagem que se pode prestar a estes homens «é agarrar na bandeira que eles um dia ergueram, a bandeira da dignidade dos trabalhadores de todo o mundo, na luta por um mundo sem classes».
«Estamos aqui para prestar homenagem aos homens que aqui morreram, que aqui estiveram desterrados. Costuma dizer o meu camarada Sérgio Vilarigues, que não os devemos chamar de tarrafalistas, mas sim de vítimas do Tarrafal. Ele tem razão. Tarrafalistas parece que são homens que pertencem a uma associação ou clube ou a um só partido. Mas não. Aqui estiveram homens de origens diferentes, mas que tinham um ideal comum: a dignidade de Portugal e do povo português», afirmou António Tereso, numa simples mas sentida e comovida homenagem, após uma visita ao Campo de Concentração do Tarrafal.
«Tarrafal foi Campo de Trabalho de Chambom, numa espécie de cemitério onde homens, amantes da liberdade e da justiça, aqui deixaram a vida, enviados para cá pelo ditador fascista Salazar. Para nós portugueses, o Campo de Concentração será sempre conhecido como o Campo da Morte Lenta, onde patriotas portugueses, lutadores e resistentes antifascistas aqui perderam a vida», continuou António Tereso, recordando Alberto Araújo e Bento Gonçalves, este, operário do Arsenal do Alfeite e secretário-geral do PCP, «o homem mais puro, como disse um dia o poeta Pablo Neruda».
Mais tarde, continuou, «também nacionalistas das ex-colónias portuguesas por aqui passaram, em luta pela independência dos seus países, bem como intelectuais como Luandino Vieira e António Jacisto, grandes democratas e defensor da liberdade dos povos».
No final da sua intervenção, António Tereso sublinhou que a melhor homenagem que se pode prestar a estes homens «é agarrar na bandeira que eles um dia ergueram, a bandeira da dignidade dos trabalhadores de todo o mundo, na luta por um mundo sem classes».